Levando em conta a vivência dos jovens com as tecnologias, e a importância da leitura para a formação do indivíduo, foi proposto um projeto que integrasse as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) à literatura.
Para tanto, propôs-se que alunos de Ensino Médio produzam poemas com características da escola literária Modernista a fim de organizá-los em uma revista digital da qual eles mesmos seriam os responsáveis.
Para tanto, propôs-se que alunos de Ensino Médio produzam poemas com características da escola literária Modernista a fim de organizá-los em uma revista digital da qual eles mesmos seriam os responsáveis.
Escolheu-se o Modernismo como Escola Literária a ser trabalhada por esta ter uma liberdade nas estruturas dos poemas e a possibilidade de ser utilizada uma linguagem menos formal. Com essas características, espera-se que os alunos deixem de lado o pensamento de que para se produzir poesias é preciso possuir um conhecimento abrangente e profundo da Língua Portuguesa, culminando em um interesse maior dos educandos pela literatura e pela escrita.
Ao trabalhar este projeto, esperamos contribuir para uma aprendizagem significativa, a interação do aluno com o meio, pessoas e objetos, possibilitar, além do trabalho com conteúdos conceituais, o trabalho de conteúdos atitudinais e procedimentais, a aprendizagem individual e não coletiva, etc. Esperamos também conseguir um maior interesse dos educandos nas aulas de Literatura e Língua Portuguesa, melhor desempenho dos mesmos na produção de textos e um olhar mais crítico para a sociedade em geral.
Na primeira fase do projeto, será sondado o conhecimento dos alunos sobre o tema. Depois, o educador falará sobre o Modernismo Português (principais características, autores e obras do período), utilizando todos os recursos disponíveis para promover a interatividade.
Na segunda fase, será apresentado aos educandos o autor Fernando Pessoa, seu heterônimo Álvaro de Campos, e suas obras em verso. Em seguida, aos alunos serão disponibilizados os links que lhes darão acesso aos livros do autor nos sites Domínio Público, Instituto Camões e Projeto Gutenberg.
A terceira fase ocorrerá após a ambientação dos alunos no contexto modernista. Será proposto que cada um dos educandos crie um poema com características modernistas para ser publicado na revista da escola.
Já na quarta etapa, será proposto o projeto de uma revista digital para os educandos. Eles ficarão inteiramente responsáveis por sua elaboração e seu trabalho será supervisionado pelo professor responsável pela sala. A revista será dividida em várias seções em que cada aluno ou grupo de alunos ficará responsável por administrar. Desta forma, na revista poderá constar uma seção com um texto sobre o período moderno; noutra, um que trate sobre Fernando Pessoa; noutra terá análises dos poemas realizadas pelos alunos; e numa última, os alunos criarão seus próprios versos inspirados tanto no período moderno como no autor Fernando Pessoa e seus pseudônimos.
Na quinta e última fase do projeto, as aulas passarão a ser ministradas no laboratório de informática da instituição de ensino, para que os alunos se utilizem da tecnologia para criar conteúdos que possam ser postados na revista digital.
Ao final do projeto, é possível concluir que as TICs podem contribuir não apenas no ensino de Literatura, mas em todas as outras disciplinas dentro das escolas, pois, os jovens atualmente já nasceram na era digital e incluir as novas tecnologias nas aulas apenas aumentaria o interesse dos educandos por elas, deixando o ambiente de ensino mais interativo e o aprendizado mais atraente.
Grupo: Modernistas
O artigo retratou com eficácia uma das formas de se trabalhar a literatura, integrando-a com a tecnologia. Além disso, demonstrou alguns problemas recorrentes que configuram razões pelas quais alguns alunos da Educação Básica se sentem desmotivados a escreverem poemas. A proposta de trazer o Modernismo como uma forma de obter “maior liberdade nas estruturas dos poemas e a possibilidade de ser utilizada uma linguagem menos formal” é algo bastante relevante, já que se verifica que uma das causas da falta de interesse em escrever os poemas é acarretada pelo pensamento equivocado de que eles devem seguir a estruturas rígidas e complexas. Os poemas podem seguir determinadas estruturas e uma métrica mais ou menos rígida, mas é imprescindível que os alunos saibam que isso não é uma regra e depende, sobretudo, do momento literário e dos acontecimentos que marcaram determinada época, influenciando assim o modo de ver e de pensar dos escritores referentes ao período em questão. Verifica-se, especialmente nas redes sociais, a necessidade do jovem atual em expressar seus sentimentos, suas alegrias, seu contentamento, suas críticas. E por que não fazer isso por meio do poema? Obviamente que, para que um indivíduo goste de algo é preciso que ele conheça “esse algo” e aí entra o papel do professor. A revista digital que o grupo sugeriu como forma de se promover esse conhecimento é, sem dúvidas, algo que facilitaria muito o aprendizado da teoria literária de uma maneira interativa, que unisse as novas tecnologias (melhorando e desenvolvendo o manuseio de tais ferramentas por parte dos alunos) e que tornasse o ensino algo prazeroso para o professor. O objetivo de ressaltar e se basear em Fernando Pessoa é extraordinário devido à grandiosidade e magnificência desse escritor. Nas aulas de Didática Geral, verifica-se o seguinte conceito: “não se pode dizer que o professor ensinou se o aluno não aprendeu”. E, na era pós-moderna, faz-se impossível e inadequado desvincular as tecnologias (realidade tão próxima e, por vezes, mal-usadas pelos alunos) da educação.
ResponderExcluirPor: Garrettilianos da Educação